Essencialmente, o que estamos precisando fazer é nos “salvar” do nosso egoísmo, porque ele é o pedaço de nós arraigado no medo e sustentado pelo nosso desejo de controlar. O egoísmo é um “eu” muito pequeno que cria em nós a ilusão de que vivemos separados uns dos outros.
Não conseguimos ver nossas interconexões que são a base de tudo o que é vivo. Não conseguimos perceber que “tudo o que existe” é sustentado por relacionamentos. Afinal, somos quem somos por meio das nossas conexões e não por meio da separação!
Somos participantes do singular e imenso evento da criação. Um modo de conceber a criação é pensá-la como sendo uma única e permanente ação do Espirito. Do “Big Bang” para diante, através da evolução das estrelas e das galáxias, até a vida emergir neste planeta em todas as suas formas, bem como na expansão permanente do cosmo, o Criador continua trabalhando – pulsando e pressionando de dentro dessa única criação – e capacitando-a para que se torne cada vez mais e mais. Considero essencial reconhecermos esse ponto crítico. A criação é uma só: a mesma na qual todos vivemos e nos movemos e na qual está incluído também o nosso ser. Por isso, qualquer outra noção de salvação que imaginar algo menor do que “tudo aquilo que existe”, nunca poderá ser suficiente. Como as formas de vida são tão complexamente entrelaçadas entre si, nenhum de nós poderá ser salvo a menos que todos sejamos salvos. |
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Neste contexto, a salvação é um único processo envolvendo a inteira criação. Mas para isso acontecer, cada um de nós deverá assumir a responsabilidade de se envolver pessoal e completamente, tanto quanto possível.
E para conseguir isso, precisamos nos transformar em seres humanos capazes de nos conectarmos entre nós de maneira saudável e criativa, para podermos oferecer a nossa contribuição à evolução da nossa espécie e do inteiro cosmo. |
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Judy Cannato